Muitas pessoas defendem a aplicação do verbo estar para definir a ocupação do cargo de sindico. Já que se trata de uma ocupação de um cargo temporário. Com isso, muitas pessoas utilizam apenas o verbo estar, e não o verbo ser.
Afirmam categoricamente que apenas estão e não são aquilo que exercem no momento. Justamente pela temporalidade de ocupação, que de acordo com o Código Civil, tem a validade de 2 anos (podendo ser reeleito outras vezes, mas sempre por períodos de no máximo 2 anos).
Eu ocupo o cargo de síndica há 3 eleições! E afirmo que SOU síndica e não estou síndica!
Desde que conheci as responsabilidades, atribuições descritas em lei, obrigações legais do síndico (como eu havia dito no último post) e mais todas as demandas e situações práticas que se apresentam dia a dia, não consigo enxergar a permanência nessa profissão sem entrega e aprendizado tão profundo.
Ocupar o cargo de síndico traz consciência e responsabilidade sobre coisas que nunca nem imaginamos e quando vivenciamos essas experiências na pele e mesmo assim permanecemos em buscar evolução no que fazemos e aceitamos esse desafio a cada dia, acho muito difícil enquadrar essa condição ao estado temporário de simplesmente “estar”.
Filosoficamente, quem passa por essa experiência intensa consegue entender a profundidade da entrega. Principalmente síndico morador que muitas vezes abre mão da “vida de simples condômino” e permanece fazendo seu melhor independente de críticas, obstáculos e desavenças no próprio ambiente que vive e trabalha.
Ser síndico traz características psicológicas e até físicas que nos transformam permanentemente.
O verbo estar se limita ao que hoje é e amanhã pode mudar, o que no meu entendimento é raso demais para definir o que é SER um síndico.
Se você gostou do assunto e gostaria saber mais sobre a vida condominial, leia mais no nosso blog.
Síndica Profissional desde 2015 – Formada pela Assosindicos
Apaixonada por desafios e autoconhecimento
“Dispenso o que não me desafia e não me faz crescer.”
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